Nesta última terça, resolvemos fazer a meditação cada um a partir de sua casa. Telma estava adoentada, e assim ficaria mais prático para todos fazermos a conexão virtual. Desde a última terça, houve uma mudança de ritmo, já que Tona, Telma e eu fomos para o mangue em busca de flores do mangue vermelho, e nos deparamos com um novo planeta, um lugar de trocas intensas e de germinação.
Um pouco perdida com estas mudanças de foco, fui para o terraço meditar, esperando ou prevendo um mergulho em águas diferentes daquelas em que costumo entrar diariamente em minha meditação pessoal. Sinto uma diferença de intensidade e direcionamento nessas duas meditações. Ultimamente, na que faço diariamente, têm vindo "recados" bem precisos acerca de minha vida diária, ou de cuidados que preciso tomar, ou dicas de que direção tomar, ou ressurgem coisas antigas para serem cuidadas e curadas... Tenho tentado seguir essas orientações na medida do possível, e tenho me deparado com uma sensação de abertura de caminhos, a vivência das "possibilidades" quânticas.
Ao entrar na meditação, tentei visualizar o nosso grupo e surgiu a imagem de todos no terraço da casa de Fábio, no Sítio União. Claramente estavam Tona, Fátima e Brenda.
A sensação de mergulho foi muito intensa, senti que venho curando coisas muito importantes, e que de certa forma minha energia está mais "aberta", minha paisagem interna está se transformando porque houve faxinas gerais, e teias de aranha e manchas removidas deram espaço para um conforto e uma claridade maiores. Essa faxina interna ressoa com a que vários de nós vem fazendo em suas casas, com o período do ano que é propício a "descartes" e doações.
Então foi fácil e profundo, apesar de sentir muita coisa a ser trabalhada, era uma energia que propulsionava para frente e para dentro, não mais apenas limpeza mais também começar a colorir a paisagem com coisas interessantes e boas.
Foi então que senti o Beija-Flor, que narrei no Grupo. Ele voava a alguns palmos de minha cabeça. Uma aluna bióloga que gosta muito de flores disse que os animais sentem nossos anjos guardiões, e se aproximam deles. Achei mesmo que o Beija-Flor trocava uma prosa com meu anjo, já que ele insistia em permanecer a alguns palmos de minha cabeça. Vibrava em sintonia com ele. O que ocorre é que agora estou cada vez mais em busca dessa sintonia, o que pode, como disse certa vez Telma, se tornar uma espécie de vício. O maior obstáculo é o medo, de quê exatamente não sei (de ficar louca, fui assegurada de que não precisava pois já era), talvez, provavelmente, de não ter habilidade de cuidar do lado material no sentido "clássico" da coisa.
Assim, continuo seguindo as orientações, os "recados", que quando meditamos em grupo adquirem dimensões mais amplas.