terça-feira, 28 de julho de 2009

Sementes de Paraíso


Do Kama Sutra por Deepak Chopra ao amor como estado de ser em plenitude, passando pela novela das oito e pela revelação de Brenda como contadora de histórias... A sensação é a de que vivemos cada vez mais a possibilidade da liberdade de expressão, banhada de amor, de um aconchego criativo, que nos liga sem rodeios à natureza e a nossos anjos. Estes nos lembraram que, ao iniciar-se o novo ano Maia, estaremos recebendo novas frequências de energia do amor solar, e para experimentá-las, precisaremos desacelerar nosso ritmo.

Dando uma olhadinha no calendário Maia, verifico que ele fala para este mês em trazer o paraíso para a terra, que foi o que lemos no Kama Sutra por Deepak Chopra. Já podemos estar no paraíso, se o acessarmos de dentro de nós...

E esta sensação de paraíso pode ser criada ao reconectarmo-nos com nossa criança interior, o que Brenda nos ajudou a fazer, ao ler para nós, crianças travestidas de adultos, o Kama Sutra de Deepak Chopra com intonações que reverberaram em torno de nós as histórias contadas por alguma tia, irmã, amiga, mãe ou pai... As frases saltavam do livro para nossa imaginação com a magia e o encantamento dado a elas pelas expressões de Brenda.

Ainda segundo o calendário Maia, este é o mês de lançarmos as sementes de nossos propósitos... E alguns se reavivaram, como o que há algum tempo cultivamos, de preservar o Baobá da Ponte d'Uchoa. Por isso seguirá em breve uma pequena carta neste blog sobre esta intenção.

No mais, fomos brindados por uma dose especial de amor e luminosidade, vento e e sol, cruzando o horizonte, passando pelas mangueiras e a pitombeira carregadinha que avistamos da janela do apartamento de Telma, nosso mais novo refúgio de meditações.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Àrvores como passagens secretas da alma.

É dificil voltar a escrever quando se sente que se mudou, fico buscando um molde antigo que não me contém mais, nem as palavras parecem ter a mesma vibração de antes. E é esta vibração que vai me conduzindo, como uma tocha, pelo caminho a ser desbravado, pois, como lembrou Tona, no início era o verbo.
O que percebi na nossa meditação de hoje, que parece ter versado sobre o exercício do não julgamento, do acolhimento do outro, sobre tentar evitar querer colocar tudo em rótulos, foi a liberdade e a confiança que sentimos em falarmos de algumas de nossas experiências, e também a possibilidade que tivemos de ampliar nosso olhar sobre questões sérias como a de doenças que acontecem muito próximo a nós e que nos interrogam. Alzheimer, câncer, Parkinson, são doenças que mexem com a nossa natureza profunda e que, para além do sofrimento, nos colocam diante de enigmas.

O mundo está mudando, a forma de se expressar também, estamos ficando mais sintéticos, e com isto estamos nos expressando melhor ou pior? Estamos conseguindo nos expressar? Hum hum...


É, talvez tudo esteja saindo dos seus moldes antigos, as palavras saindo de seus moldes de chumbo e se tornando mais leves, saltitando na tela do computador. Também os moldes das maneiras de se relacionar, as formas de sexualidade, os desafios de nossa condição humana...


A velha pergunta para onde vamos está também mais palpavelmente desafiante. Quando constatávamos isto, fomos sendo profundamente acolhidos pelo trio Baobá, Flamboyant e Mangue, na forma de um floral que Telma confeccionou e espargiu em nossas auras, ajudando a revelar as passagens secretas de nossas almas. E entramos em conexão profunda, cada um escolhendo com qual árvore se ligar. Acho que talvez tenhamos tido algumas revelações, sobre a natureza de nossas almas e das árvores que nos ajudaram neste processo.


A mim, me veio com clareza o Flamboyant. O vermelho de suas flores incendiou partes densas de meu ser e me revelou um alguém mais leve, escondido atrás de mim mesma. Tona viu com clareza partes da doutrina de assinatura da flor do mangue vermelho com sua canetinha que, ao se soltar da planta e ir para a lama parece já ter seu destino inscrito antecipadamente, destino que às vezes parece não vingar, pois a planta não "pega".
Fátima se insurgiu contra a orientação de Telma e escolheu se ligar à mangueira do Sítio União, à sua copa acolhedora, bálsamo dos mais profundos. Quanto a Telma, não nos falou com que árvore se conectou, então fica sendo a surpresa da próxima semana.
Os anjos hoje passearam sem problemas por nossas almas, e saimos leves e felizes.












terça-feira, 14 de julho de 2009

Descobrindo a liberdade (e hoje é dia 14 de julho!)

Desde que cheguei de viagem, não consegui criar um espaço interno, e, porque não dizer, coragem, para voltar a escrever aqui. Então compreendi que talvez esteja em busca de uma nova dimensão para os relatos do blog, como se ele estivesse cobrando algo mais "concreto" do que apenas relatar o que vivenciamos a cada terça-feira. Não sei. Talvez efeitos do que vi na Europa, pessoas empenhadas em pequenas ações, movidas por valores muito ancorados, embora não isentas de contradições. Seja lutando pelos direitos dos imigrantes, seja vivendo uma volta ao espírito mais profundo de suas raízes, como no País de Gales, onde o galês voltou a ser ensinado nas escolas, e onde as crianças vão fazer arte nas clareiras das florestas. Talvez eu tenha visualizado algo assim no Sítio União, as crianças brincando com a natureza e conhecendo as árvores.


Porque hoje nossos corações foram abertos para uma compreensão mais ampla do que vivemos no plano social, senti que talvez pudesse começar a escrever novamente. Na Europa, o plano espiritual ficou soterrado sob camadas de racionalismo, o que faz você buscar no brilho dos olhos de cada um essa dimensão, mas poucos falam ou sequer aceitam falar sobre o assunto. O caminho espiritual ali é muito profundo e sutil, mas a rotina diária não é muito permeada por ações espirituais, acho que essa dimensão já está incorporada nas artes, ou na forma de viver ou de falar, num certo refinamento dos sentimentos e do pensamento. Por isso, de certa forma, perdi o hábito de falar sobre a dimensão dos anjos.

Mas hoje, eles chamaram os baobás todos, Vida, a guia de Telma se apresentou por inteiro, (Vida Solar da Terra), e fui transportada para Munique onde também me conectei com os pinheiros onde a energia do grupo de meditação ancorara, e que deixei tomando conta de meus tios.

Chamaram nossa atenção para o fato de que estamos redesenhando nossas relações, passando pela libertação dos escravos indo parar no aparente caos no qual estamos aprendendo a lidar com o diferente. Lembraram que o apartamento de Telma se situa no terreno de um antigo engenho, e que, finalmente, Recife é uma cidade de antigos engenhos. Compreender isso, e compreender que estamos redesenhando nossas relações a partir de um modelo onde as interações eram hierárquicas, onde as dores precisavam se acomodar àquela estrutura, onde o sofrimento das mulheres, a traição (e aqui lembro do texto que Fátima leu nas Cartas do Caminho Sagrado, onde consta que o fato de sofrer uma traição é uma espécie de teste para ver se conseguimos seguir amando) que elas sofriam precisava ser ultrapassada para acolher as crianças, e finalmente, compreender que por motivos econômicos o nordeste foi o lugar onde a libertação dos escravos aconteceu primeiro, por falta de possibilidade de mantê-los. Os anjos quiseram chamar nossa atenção para a conquista da liberdade que vivenciamos por que se era mais pobre. A questão da liberdade versus riqueza, a riqueza da pobreza e a pobreza da riqueza. A prosperidade da natureza. Buscar esta sintonia para que esta abundância também se reflita em nossas relações sociais. Os Baobás estão prontos a nos ajudarem neste processo, limpando nossos carmas familiares, ajustando nossos padrões de ancoramento para uma nova liberdade e uma nova abundância...

E para não dizer que não falamos de flores (pois estava nos planos originais irmos para perto dos 3 baobás do Museu da Abolição observarmos suas flores), Telma tornou-se amiga da professora de música Dona Helena, senhora de 88 anos que leciona no Instituto Cabiparibe, e que a convidou para participar dos encontros musicais com as crianças, crianças que também já plantaram um Baobá e que se preocupam com os mangues.