domingo, 15 de agosto de 2010

O caminho do sorriso


Falamos de âncoras, falamos de pipas e de sorrisos. As âncoras por causa da alimentação: os anjos nos assinalaram que, para buscarmos ancoramento na terra, podiamos fazê-lo através da dedicação e receptividade às crianças, aos idosos, às pessoas, acolhendo seus sentimentos e manifestações. É que às vezes, até mesmo inconscientemente, buscamos nos ancorar tornando-nos mais pesados corporalmente, ingerindo comida em excesso para sentir nossa materialidade no mundo.

Pipas porque meu irmão Gusto, que faleceu, sugeriu através de Telma que juntos as empinassemos de maneira a alçarmo-nos na direção dos céus, recuperando nossa alegria essencial, buscando não embaraçar nossos cordões respectivos. Este exercício, uma brincadeira visual simples, trouxe um jubilo e uma renovação do sentido da vida. Particularmente, me lembrei da alegria do meu irmão, que tinha um humor permanente em ação, gentil ou cáustico, e rebelde. Isto me incentivou a ir em busca de minhas alegrias pessoais, certamente diversas das deles, mas que podem ficar lado a lado e reverberar uma à outra. A pipa também me sugeriu a conexão espiritual, nossos anjos: é só querermos alçar nossa pipa aos ventos que sentiremos sua vibração do outro lado da linha.

O equilíbrio dessas duas conexões, para cima e para baixo, parece ser uma arte a que devemos nos exercitar no dia a dia: tentar não nos deixarmos sobrecarregar pelo peso das conexões humanas, fazendo delas um instrumento de aprendizado e doação, no que nossa conexão com a pipa angelical pode ajudar, lembrando que somos seres essencialmente alegres e de movimento, apesar dos ancoramentos necessários.

O resultado deste exercício pode ser o sorriso, como revelação deste contato com nossa essência, com nossa beleza interior, como nos assinalaram os anjos na última terça. Os diversos níveis em que podemos sorrir também testemunham deste jogo de ancoramentos para cima e para baixo, essas conexões que nos ajudam a nos mover no mundo e que também nos revelam.