terça-feira, 25 de novembro de 2008

Tecendo milagres

Estamos conectados a diferentes grupos, nos quais realizamos coisas diversas e temos em cada grupo um espaço único. No nosso Baobá, nossa conexão pode resultar em milagres...
Foi o que emergiu do encontro meditativo de hoje, durante o qual nos percebi como a tessitura de um abraço em torno do Baobá. Estamos tecendo nossa tela, para nela podermos refletir os milagres da conexão com a natureza...
As diversas coisas que estão acontecendo com cada um são absorvidas e curadas neste espaço, trabalhadas como instrumentos para o crescimento e a expansão amorosa. E esta conexão está se fazendo real e presente mesmo estando nós em lugares diferentes.
No nosso canal Baobá mora um anjo que acomoda o coração e o expande para o universo. Os pesos se esvaem e conseguimos adquirir uma visão global e sentir o conforto do acalanto. Entramos num espaço onde somos acolhidos e podemos nos conectar com a sintonia amorosa do universo...
Parece cada vez mais premente o exercício de lançar amor na atmosfera, para desmanchar os pesos e colorir novamente o mundo a partir do coração. Daí a importância da criatividade, do riso, das crianças...
O Natal vai chegando e este ano o nosso pinheiro se transformou em Baobá, em Baobás... Talvez possamos incorporar dentro de nós a essência criativa das árvores e acender a luz que elas lançam sobre nós como seres estelares.

PS: Quando já ia finalizando este relato, Paula Veras chegou e falou que havia direcionado a meditação para as vítimas da enchente em Blumenau. Foi muito bom saber disso pois explicou também em parte as dificuldades que sentimos e ter percebido que Telma, que está lá ministrando curso ter aparecido na meditação pedindo ajuda... Que os anjos continuem presentes por lá com sua assistência amorosa.


Mariana Alencar.

Alinhamento e conexões

Uma das mensagens desta terça-feira referiu-se ao metabolismo, a necessidade de aperfeiçoá-lo ou acelerá-lo, para tornar possível inalar, absorver e exalar toda a energia, acontecimentos, pessoas, enfim, todo o contexto onde estamos inseridos... e assim, equilibrar, balancear, alinhar...

Com esse alinhamento fui unir-me ao círculo entorno do Baobá, Baobá que está se alargando, suas proporções estavam tão imensas que parecíamos formiguinhas, muitas formiguinhas, que olhadas de longe eram pontos de luz, espalhados pelo mundo.... muitas pessoas, muitas formiguinhas, muitos círculos, formando caracóis e se integrando.

Essa visão do conjunto, nos sentir pequeninhos, e muitos, unidos e brilhantes foi reconfortante e bem diferente da sensação que tive ontem, quando andando a caminho de casa, me imaginei formiguinha, no meio de tantas pessoas indo e vindo, apressadas, carros, barulhos, movimento, muito movimento, e uma certa insignificância... Às vezes precisamos mudar nosso ponto de vista, ou ampliá-lo para entender nossa significância e enxergar as conexões.

Assimilação e equilíbrio; visão do todo, do conjunto, conexão do grupo... foram as notas deste dia.

Samanta

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Espaço Sagrado

Noutro ponto da conexão....

Nos harmonizamos com o Baobá do S. União e nos recolhemos embaixo de uma mangueira, lugar que está se tornando sagrado, desde que Fábio começo a habitar estas terras. Foi uma viagem com fácil acesso, tranqüila e serena, onde quase todos estavam presentes.

A chave foi "ampliar a consciência no contato com espaços sagrados", adicionar atenção e reverência ao adentrar, estar e sair de cada lugar/espaço, se ligar nas permissões, as benções e agradecimentos. A sintonia possível, parece se dispor no caminho a medida que o sagrado do espaço interno, reconhece, expressa e acolhe o sagrado que se apresenta.

Sorte, serenidade e alegria a quem deseja... lembro G. Rosas "Somente com alegria é que a gente realiza bem - mesmo até as tristes ações".


Ivete L.

Caminhos da materialização

Nesta terça, a experiência da meditação foi diferente. Cada um se conectou a partir de sua casa, ou de onde estivesse na hora combinada... Achei mais difícil, estando em casa, “escapar” de um ou outro afazer, mas consegui, às 6h30, chegar no meu quarto e me sentar para meditar. Foi rápido... Os recados chegaram com certa intensidade e vigor, e acho que tem a ver com o Baobá... Mas, por não estarmos juntos pessoalmente, por alguns minutos pensei que tudo isso era ficção, o que estaremos nós fazendo, toda terça, nos reunindo para que aconteçam coisas do "arco da velha"? Talvez a viagem de Telma tenha contribuído para isso. Nos acostumamos a que ela traduza as mensagens dos anjos, transmitindo seus recados, visualizando suas curas. Quando ela precisa viajar, os contornos de tudo isso ficam flus, pensei eu, entrando na meditação como se mergulhasse num lago de águas frias e desconhecidas. Mas logo um anjo vigoroso impôs sua presença e começou a distribuir presentes para todos do grupo... Vi nitidamente que ele me apontava uma caneta e um bloco, e via uma mão escrevendo... Eram presentes para que cada um pudesse desenvolver seus dons. Não me detive, por pudor e preguiça, no presente de cada um, e achei interessante propor que quem quisesse poderia acessar o seu depois em meditação.

A imagem do anjo me entregando o bloco e a caneta me remeteu ao dia em que Telma e Neuzinha me entregaram o bloco para os relatos da meditação. Na ordem inversa do que normalmente acontece, o anjo parecia retificar a minha "tarefa". Isso me fez tomar consciência de que estamos vivenciando no grupo coisas que antes foram planejadas em outro nível, e que estão se precipitando na realidade. Assim foi com o Baobá que plantamos; consultando anotações, verifiquei que em abril deste ano fizemos uma meditação em Aldeia onde apareceu um Baobá no centro do círculo que formamos, e tivemos a sensação de que chegaríamos a plantar uma dessas árvores. Depois, por diversas vezes, sentimos em meditações a necessidade e a vontade de plantar árvores... Essa precipitação das coisas concebidas em outro plano no material ficou de repente muito evidente, fazendo uma ponte com aquela em que começamos a aprender a visualizar nossa paisagem interna. Ao mesmo tempo, essa sensação se consolidou com a lembrança de que na semana anterior eu havia definido com minha amiga francesa uma data para minha viagem à França no ano que vem ...

Ficou nítido que os anjos chamavam nossa atenção para a materialização de experiências planejadas em outros níveis dimensionais, e ressoou de forma um tanto solene que materializações como o plantio do Baobá no Sítio União, ou a preocupação com o Baobá da Ponte d'Uchoa carregavam um significado mais abrangente e profundo do que poderiamos pensar...




Mariana Alencar


terça-feira, 11 de novembro de 2008

Dores da transformação


A transformação auxiliada pela meditação pode ser prazerosa, uma festa encantada, ou ter ares de mudança de casa, com seus incômodos passageiros. Mas sempre podemos contar com a assistência de pais, avós, orixás, anjos, amigos, e estamos sempre sendo velados pelas árvores... Com a transformação, crescemos em espírito e nos divertimos... Mas também ficamos mais conscientes de nossas responsabilidades e de nossas missões... “Ai, ai, ai!”, diria Telma... “Ui, ui, ui!”

Os tempos que vivemos são de guerra, dizem alguns... E talvez estejamos fazendo nossa guerrilha de resistência ao meditar ao pé do nosso Baobá... Ou talvez os tempos não sejam de guerra, mas simplesmente de transformação, causando a mesma dor de crescimento que o adolescente sente com as mudanças internas e externas às quais é confrontado...

E hoje, dia em que fomos presenteados com energias que vieram ajudar a limpar, a abrir caminhos para o novo, a nos conectar com a abundância e com os desejos de nossa alma, houve também dores de crescimento, e a constatação de nossas responsabilidades enquanto pais, num mundo em que nossos filhos se deparam com questões muito pesadas como as drogas e outros vícios, e com perigos diversos... Mas a tônica que sentimos foi a de que a assistência é também enorme, que devemos aprender a confiar, a entregá-los a Deus, aos ancestrais, aos anjos... Na verdade, muitas crianças e adolescentes já vêm com uma enorme facilidade de entrar em sintonia com a amorosidade do universo... Talvez precisemos dar a eles mais espaço para fazê-lo...

A proximidade da lua cheia, a data significativa (11/11/08), a presença da energia dos orixás, tudo isso ampliou os portais para a entrada da energia do encantamento, daquele encantamento que é transformação com os pés nos chão e conexão com os céus... Transformar as tensões em luz, em calma, em paz, através da consciência, pareceu ser a tônica do nosso desafio neste momento... 13 flores, uma para cada participante, vieram em nosso auxílio, e trouxeram benefícios tais como o ancoramento e a transformação, a clareza nas escolhas, ajuda para a regeneração dos traumas. 13 foi mais um número significativo...

Despedimo-nos nesta última meditação em que nos reuniremos pessoalmente este ano com a sensação de que sementes foram plantadas, e que precisaremos nos dedicar a elas: a muda do Baobá, plantada no Sítio União que visitaremos regularmente, o Baobá da Ponte d’Uchoa, o nosso Blog e grupo, além das semeaduras individuais... Ao cuidar dessas sementes, nós vivificamos nossas árvores, nos identificamos com a natureza e seus ciclos, e conseguimos compreender melhor toda essa transformação que vai ai por dentro. Desconfio que estamos um pouco semente de Baobá, com expectativas e receios próprios de quem acaba de germinar...

Mariana Alencar

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Constelação familiar

Na meditação de hoje, o tema da família surgiu naturalmente, trazido pelos Baobás... Família, família, “essas pessoas na sala de jantar”... Uma matriz interessante, finalmente, que parece imprimir em nós o que precisamos curar... Nossas questões ficam abrigadas e modeladas por esse conjunto de almas que nos acompanham ao longo da vida, e que depois de partirem, continuam compondo nossa constelação. Hoje, enquanto trocamos figurinhas sobre nossas famílias, ficou evidente que nossas questões são ao mesmo tempo únicas e universais. Cada uma das famílias pareceu ter temas principais, sentimentos mola em torno dos quais se movem cada um de seus membros, compondo assim configurações particulares. Como é abordada a questão da sexualidade, da autoridade, da fraternidade. Como é a inveja entre irmãos, como são vividos os diversos complexos... Cada aspecto desses reveste um matiz e um tom em cada uma de nossas famílias, e assim elas vão compondo sua própria sinfonia...


Às vezes, as notas dessa sinfonia são meio fortes, outras destoam, outras ferem, mas outras são cristalinas e curativas...


Ao mesmo tempo, fomos tomando consciência de que existe uma cura mais profunda se processando ao nível da cultura familiar local, com questões que se expandem para as relações sociais... A dimensão não foi apenas pessoal, ela se ampliou, atravessando o tempo, o espaço, e as gerações...


Para aqueles de nós que participaram do plantio do Baobá, houve a consciência de que determinadas questões que há muito existiam em nós começaram a vibrar com uma nova clareza... O Baobá nos trouxe a força necessária para poder encará-las.


Constatamos que, apesar da seriedade de certas questões abordadas durante a meditação, nós demos muitas risadas com os comentários paralelos (inclusive com o de que algumas pessoas no espaço Logos se perguntam o que se passa em nossa sessão meditativa: estaria Telma, nossa coordenadora, aplicando um método de cura inusitado à base de riso?). Essa leveza trazida por nossos anjos compôs a atmosfera necessária para que pudéssemos verbalizar muitas das facetas mais difíceis que compõem nosso tecido de vida e nossas conexões familiares...


Só nos restou agradecer a presença dos anjos e reforçar nosso desejo de cuidar do Baobá da Ponte d’Uchoa, que nos pareceu ser aquele que dá o tom maior na constelação da família dos Baobás da cidade...


Mariana Alencar