quinta-feira, 3 de junho de 2010

Os campos da alma


Um frescor campestre tomou conta de nossos espíritos nesta meditação, quando nossos anjos nos ajudaram a ir fechando o ciclo do primeiro semestre do ano, sob a forma de uma colheita de frutos.
Imaginamos um cestinho ao nosso lado onde fomos colocando os frutos de nossa colheita sazonal, alguns maduros e brilhantes, outros murchos ou apodrecidos e contemplamo-os antes de destiná-los, os primeiros a se juntarem e irem colorir de energia o mundo, os últimos a alimentar a terra se transformando num adubo maravilhoso. Os frutos ainda verdes foram envolvidos com carinho em paninhos macios para ajudá-los a continuar sua maturação.

Contemplando nossos cestos vazios, ficou mais fácil perceber com que frutos gostariamos de preenchê-los a partir de então, e em nosso pomar criativo eles nos sinalizaram sua presença brilhando como maçãs de ouro. O vazio que se fez em nossos cestos foi então preenchido das intenções positivas que emitimos para os meses vindouros, nos juntando assim alegremente aos ciclos da natureza, que no vazio ou na plenitude estão sempre carregados de significados.

Tenho sentido desde então, com uma certa surpresa divertida, meu pé esquerdo como uma papa de maçã, que ao apodrecer penetra na terra, para servir de adubo, lembrando a consistência destas papinhas para bebê, que foi a forma que minha imaginação encontrou de continuar o esvaziamento dos frutos da minha dispensa sazonal...

Boas colheitas e renovações!