quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Bicicletas transcendentes, novos caminhos do universo


Incorporei aos poucos o novo ritmo dos anjos, são novos tempos. E o tempo foi nossa temática da terça 31.08.
Às vezes, ficamos no passado. Talvez por não conseguirmos visualizar a leveza que o presente pode ter. Comparando nosso corpo com um carro, os anjos nos disseram que às vezes freamos, andamos de ré, mas que hoje vivemos uma época super moderna. Porque não tirarmos o carro do freio, colocarmo-lo na marcha certa, e aproveitarmos a delícia de deslizar na velocidade adequada.
A bicicleta antiga que levamos no corpo pode ser substituída por uma de marcha, que nos levará a diminuir nosso esforço, e a nos aproximar da sensação do vôo. Ao eliminarmos entraves como o julgamento, que nos emperra como a bicicleta envelhecida, e diminui nossa tolerância e a possibilidade de parcerias, podemos voar como ET, no filme, e seremos ajudados por vários seres a transcender, a entrar nas ciclovias novas do universo.
Se imaginarmos os ciclos de tempo como ciclovias, podemos entrar no circuito do dia, da semana, do mês, e, acompanhando o fluxo do tempo, ir seguindo a inspiração para dar espaço e acolher o nascimento, o florescimento, a materialização, e a liberação dos nossos projetos, afazeres, criações, etc...
As imagens deliciosas que os anjos nos proporcionam através de Telma são um refrigério para a alma e nos ajudam a entrar no tempo novo e a construir uma nova maneira de viver. Lembrei, claro, do calendário Maia, todo em ciclos de vários tamanhos e significados, como o da onda encantada que traz o tom de um ciclo de 13 dias, ou o dos meses, que são 13 circuitos anuais de 28 dias, nos quais exercitamos os tempos diversos da criação, desde a descoberta dos nossos propósitos no primeiro mês do ano, até a transcendência no último.
Perceber este movimento em círculos do tempo é calmante e tranqüilizador. Nos reconectamos com a natureza e seus ciclos, ficamos mais pacificados com o fato de que tudo tem começo, meio e fim, e pode recomeçar em outro circuito, em outra velocidade ou vibração. Acho que é o que estamos também vivenciando na meditação, um novo momento, que nos levará por estradas novas e mais leves, se colocarmos nossa bicicleta na marcha apropriada a um belo passeio pelas paisagens da alma.

Encontros de árvores


Um novo ciclo se abre na meditação, e, talvez porque estava me adaptando ao novo momento, não consegui anotar quase nada ultimamente. Só no encontro do dia 24.08 pude, enfim, com uma certa tranqüilidade, escrever alguma coisa. Talvez o novo ciclo pedisse uma gravação sonora, para podermos colocar o som direto no blog, podendo dispor assim da versão escrita e da versão áudio... uma idéia levantada já há algum tempo, e que, talvez, no futuro, coloquemos em prática.
Até o tom da voz de Telma mudou, me deixando perdida, sem saber se tratava-se da mensagem ou de uma conversa coloquial. A volta de Neuzinha e de Salete, trazendo um novo alento, novas visões e informações, transformou também a dinâmica do encontro, permanentemente maleável, apesar de uma estrutura básica permanecer em filigrana: a abertura do encontro se faz com nossas conversas espontâneas, muitas vezes girando em torno de temas que afloram naturalmente, trazidos pelas experiências de cada um, ou por reflexões, intuições, ou pela necessidade de compartilhar algo específico. A reverberação que os relatos causam em cada um acontece espontaneamente, a energia vai circulando, curando, suscitando lembranças, incômodos, espelhamentos. Quando este momento vai se acalmando, entramos naturalmente no canal meditativo, com silêncio, luzes, ventos, visões, aconchegos, e a mensagem que os anjos encaminham através de Telma.
Essas mensagens parecem, ultimamente, estarem concatenadas umas às outras, me deixando surpresa com esta nova continuidade: o anjo fez menção, numa delas, ao que tinha sido dito na meditação anterior. Neste momento, senti-me em falta por não ter conseguido anotar quase nada então. Havia perdido o novo fio da meada, mas o conteúdo principal havia ficado: o Sorriso como equilíbrio, como encontro com a beleza, como conexão com a alma. O Sorriso em suas diversas “camadas”, aquele que é externo, e aquele que brota do âmago da alma, um reverberando o outro. Chega sempre como uma mensagem com sua vibração específica, e elemento de encontro com a liberdade.
Nesta última terça pude anotar, mal ou bem, alguma coisa. Mas o principal se impõe de imediato: Telma falou em reverberação das árvores. O que cada árvore transmite, em vida, em conexões, em fervilhar de mundos microscópicos, não nos é palpável. Assim como as árvores, disse o anjo, também nos conectamos e reverberamos vida.
“Vocês ficarão encantados com os relacionamentos que estabelecem, com o quanto reverberam em vida. Não há porque se exigir tanto, as exigências limitam a reverberação da vida”.
“Às vezes, as pessoas reverberam coisas de que você pode ou não gostar. Seja o que for, aprenda com elas. Nem sempre essas reverberações serão borboletas, às vezes poderão ser estrume”.
A falta de reverberação das plantas de matéria plástica nos deixa perceber o significado do que o anjo nos assinalou como mundos de vida relacionados a uma árvore. Às vezes, comentou ele, pensamos que somos de plástico, mas nós, como as árvores, reverberamos níveis de vida diversos, e nos conectamos através dessas reverberações. E nos sinalizou: “Não se esqueçam do significado de cada encontro”.