Incorporei aos poucos o novo ritmo dos anjos, são novos tempos. E o tempo foi nossa temática da terça 31.08.
Às vezes, ficamos no passado. Talvez por não conseguirmos visualizar a leveza que o presente pode ter. Comparando nosso corpo com um carro, os anjos nos disseram que às vezes freamos, andamos de ré, mas que hoje vivemos uma época super moderna. Porque não tirarmos o carro do freio, colocarmo-lo na marcha certa, e aproveitarmos a delícia de deslizar na velocidade adequada.
A bicicleta antiga que levamos no corpo pode ser substituída por uma de marcha, que nos levará a diminuir nosso esforço, e a nos aproximar da sensação do vôo. Ao eliminarmos entraves como o julgamento, que nos emperra como a bicicleta envelhecida, e diminui nossa tolerância e a possibilidade de parcerias, podemos voar como ET, no filme, e seremos ajudados por vários seres a transcender, a entrar nas ciclovias novas do universo.
Se imaginarmos os ciclos de tempo como ciclovias, podemos entrar no circuito do dia, da semana, do mês, e, acompanhando o fluxo do tempo, ir seguindo a inspiração para dar espaço e acolher o nascimento, o florescimento, a materialização, e a liberação dos nossos projetos, afazeres, criações, etc...
As imagens deliciosas que os anjos nos proporcionam através de Telma são um refrigério para a alma e nos ajudam a entrar no tempo novo e a construir uma nova maneira de viver. Lembrei, claro, do calendário Maia, todo em ciclos de vários tamanhos e significados, como o da onda encantada que traz o tom de um ciclo de 13 dias, ou o dos meses, que são 13 circuitos anuais de 28 dias, nos quais exercitamos os tempos diversos da criação, desde a descoberta dos nossos propósitos no primeiro mês do ano, até a transcendência no último.
Perceber este movimento em círculos do tempo é calmante e tranqüilizador. Nos reconectamos com a natureza e seus ciclos, ficamos mais pacificados com o fato de que tudo tem começo, meio e fim, e pode recomeçar em outro circuito, em outra velocidade ou vibração. Acho que é o que estamos também vivenciando na meditação, um novo momento, que nos levará por estradas novas e mais leves, se colocarmos nossa bicicleta na marcha apropriada a um belo passeio pelas paisagens da alma.